Christian Rosencreutza e os manifestos rosacrucianos do século dezessete
José Maurício Guimarães, 33º, RC, M\I\, MAR
Belo Horizonte, setembro de 2011
Era uma vez uma Rainha chamada Catarina de Medici que governava a França como bem entendia. Ela achava que o filho, Carlos IX, era um banana – vivia pensando em caçadas – e não tomava as decisões importantes para o reino. Naquele tempo, a nobreza andava inquieta por causa das hostilidades entre católicos e protestantes. A Rainha pensou numa saída e resolveu casar sua filha, Margarida de Valois, com o protestante Henrique de Navarra. Milhares de pessoas foram convidadas para as bodas, principalmente os huguenotes. Paris virou um formigueiro humano. Depois da cerimônia, iniciaram-se os festejos que, de acordo com os costumes, deveriam durar três semanas ou mais. Mas, a bruxa andava solta. Tratava-se do celerado Charles de Louvier, inimigo dos protestantes que, a mando da Rainha, feriu o líder huguenote Coligny. Os protestantes pressentiram a armadilha: a festança não passava de uma armadilha. Tentaram revidar, mas em vão. A soldadesca caiu-lhes em cima. Ao invés de punir Louvier, Carlos IX mandou matar Coligny. Em seguida, atendendo às exigências da Rainha, trucidou os convidados das bodas e todos os que transitassem pelas ruas com cara de huguenote. Era a noite de 24 para 25 de agosto de 1572 – noite de São Bartolomeu – quando pereceram mais de 30 mil pessoas. O massacre se estendeu por vários meses e noutras cidades da França, vitimando mais de 100 mil pessoas.
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O Esquecido Templo de Salomão
José Maurício Guimarães
O tema do "templo de Salomão" na Maçonaria é uma pedra-de-toque(1) tão formidável que James Anderson e Albert Mackey não hesitaram em incluí-lo como inamovível e inquestionável parâmetro do culto maçônico(2).
Mackey dá status de Landmark à lenda do construtor do templo, essência e identidade da Maçonaria, alertando que qualquer rito que a excluísse ou alterasse, deixaria de ser um rito maçônico. Da codificação landmarkiana resulta a obrigação de a Ordem fundar uma ciência especulativa segundo os relatos bíblicos daquele templo ancestral.
Anderson teria ido muito além da realidade histórica ao afirmar que a Arte Real "foi oriunda da Grécia, cujos habitantes não deixaram nenhuma evidência de melhorias em alvenaria, antes do templo de Salomão". E acrescentava: "as melhores estruturas de Tiro e de Sidom não podem ser comparadas com o eterno templo em Jerusalém, construído, para grande espanto do mundo, no curto espaço de sete anos e seis meses, sob direção divina e sem o ruído de ferramentas, embora tenham sido empregados 3.600 mestres, 80.000 cortadores de pedra e outros 70.000 trabalhadores de todo tipo, obra administrada pelo mais sábio homem e mais glorioso rei de Israel, o príncipe da paz e da arquitetura, Salomão, filho de David".
Os Tribunais de Santa Vaheme
José Maurício Guimarães
Quem cursou o ensino médio sabe o que foi a Santa Veheme, também chamada "Corte Sagrada". Apesar dos estudos do Grau 31 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria, ninguém precisa ser maçom para conhecer bem essas coisas.
A "Liga da Corte Sagrada", como também era conhecida, funcionava como supremo tribunal secreto na Vestfália (região da Alemanha, em torno das cidades de Dortmund, Münster, Bielefeld, e Osnabrück) durante a Idade Média, período da história da Europa entre os séculos V e XV.
"Quanto menos as pessoas sabem do passado e do presente, tanto mais impreciso será o juízo que farão sobre o futuro", escreveu Freud em 1927. Freud explica... mas parece que a história tem que se repetir, pois ninguém gosta de estudar e refletir sobre o que acontece. Principalmente no passado século XX e no atual e miserável século XXI, a expiação dos erros se dá pelas chibatadas de repetirmos os mesmos equívocos de sempre. Os tribunais "santas vehemes" podem não ter desaparecido. Permanecem como brasas adormecidas sob as cinzas, aguardando a oportunidade de um sopro, uma fagulha, para incendiarem novamente a civilização.
Grande Oriente do Brasil concede título de "Benfeitoria da Ordem" a Loja
Rio Claro - RJ - Em magna e antológica Sessão no último dia 11 de abril de 2016, o Eminente Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro (GOB-RJ) Édimo Muniz Pinho e sua comitiva, concederam em nome do Grão Mestre Geral do Poder Central Marcos José da Silva, o título de BENFEITORA DA ORDEM a Loja Maçônica "Lealdade e Luz" de Rio Claro - RJ.
Na mesma Sessão foi concedido o título de Benemérito da Ordem ao Irmão Altair da Silva Carvalho e a medalha de fundação do GOB-RJ por serviços prestados a Maçonaria aos Irmãos José Altair de Castro Melo, Rogério de Sá Alves, José Carlos Frank, Léo Monteiro da Rocha, Aurélio de Sá Alves,Antonio Carlos Teixeira e Mario Fernando de Souza Torres, todos ex- Veneráveis da Loja. E também ao Irmão Jair Fusco pelos serviços prestados a Ordem e a sociedade em geral.
O Eminente Grão Mestre e os membros de sua comitiva ficaram encantados com a infraestrutura, organização e zelo com as instalações da "Lealdade e Luz". Ao visitarem as obras do futuro "Espaço Multiuso da Loja", salientaram a importância do trabalho sério, do planejamento e do espírito de renúncia dos maçons do Oriente de Rio Claro. Segundo o Grão Mestre, ao ver o belo Marco Maçônico na entrada da cidade, já esperava pela bela surpresa que encontrou no berço natal do Poeta Fagundes Varela.
Homens sem Cabeça
José Maurício Guimarães
Nesse carnaval a Mocidade Independente de Padre Miguel apresentou fantasias de ratos e homens sem cabeça para fazer crítica à corrupção. Eu não estava lá na avenida; estava em casa e vi na televisão durante um intervalo da série "House Of Cards" que estou acompanhando. Mas gostei dessa coisa de homens sem cabeça, pois bem que merecemos (ver foto no pé de página).
Vivemos num tipo de administração por exclusão: cortam-se cabeças ou pedem-se cabeças em bandejas de prata.
Por que?
- Ouvi dizer que, pouco antes de sua morte, na cama do hospital onde estava internada, Gertrude Stein perguntou: "Qual é a resposta?" Um de seus amigos disse: "Mas se você não disser qual é a pergunta, como vamos lhe dar a resposta?" Ao que Gertrude replicou: "Então, qual é a pergunta?".