21Dezembro2024

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E O SONHO SE TORNOU REALIDADE

Habita ainda na memória de muitos a antológica e agradável noite de 19 de setembro de 1984, onde mais de cinqüenta mestres maçons com seus sóbrios ternos pretos nas dependências acolhedoras da Câmara Municipal sob a presidência do Irmão Leandro Álvaro Chaves, então Delegado da Oitava Circunscrição do Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, nosso dinâmico GOERJ, jurisdição do Poder Central neste pujante ente da União federal que naquela época funcionava administrativamente na Rua Riachuelo, 239 no Edifício Dom Pedro I de propriedade do GOB.  

Irmão Leandro naquela quarta feira de temperatura amena e de população local estupefata pela presença silenciosa e sutil da desconhecida maçonaria, cumpria fielmente a determinação do Eminente Grão Mestre Silvio Claudio de fundar a mais nova estrela da constelação da maior potencia maçônica do mundo latino. Nossos estudos posteriores comprovaram que de fato naquela noite ouvimos pela vez primeira o soar dos malhetes em trabalhos maçônicos da Sublime Instituição em terras rio-clarenses; um evento orgulhoso que atribuía à novel Oficina uma transcendente responsabilidade histórica. Ao pesquisarmos os arquivos da então Itavera, da emocionante e icônica São João Marcos, assim como das mais que centenárias Oficinas da região e os fascinantes apontamentos no valioso acervo do Palácio do Lavradio, constatou que ali não só nasceu mais uma célula maçônica, mas acima de tudo uma guardiã e difusora da inefável história de Rio Claro e um futuro arauto dos valores que emanam do livre pensamento e do fervor das liberdades individuais.

A guisa de gratidão e perene reconhecimento é mister salientarmos que viemos ao mundo maçônico sob os cuidados e olhares generosos das augustas Lojas Independência e Luz de Barra Mansa, Lealdade e Brio de Resende, Kosmos de Pirai, Sesquicentenário de Angra dos Reis e Independência e Luz II de Volta Redonda.  É importante frisar, que em 1989 quando estávamos tentando adornar minimamente este Templo ainda embrionário, para darmos inicio aos trabalhos em nosso Oriente dentro das então exíguas possibilidades da época, fomos alvos também das mãos fraternas e sempre amigas da Augusta Loja Esfinge-22 de Volta Redonda, da jurisdição da Sereníssima Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro, nos doando um sem numero de adornos, incluído esta bela balaustrada que muito nos orgulha. O apoio, a presença e o carinho que sempre fomos alvos numa verdadeira demonstração de fraternidade que transcendia os limites das Potências, fez com que em decisão unânime a Loja reconhecesse perenemente como fundadora de honra, sendo um exemplo de força e união da maçonaria em nossa região.

Com o surgimento do Oriente de Rio Claro, a Administração provisória deliberou que as sessões seriam realizadas no Templo mais que centenário da “Independência e Luz” de Barra Mansa, até que o templo próprio fosse construído no todo ou em partes. Uma passagem diáfana e de extremo carinho foi registrada na sessão de 16 de setembro de 1985 onde foi comemorado o primeiro aniversário da Oficina. O culto e muito querido Venerável Mestre Dibulo Batista Maranhão em sua fala usou pela primeira vez um termo que se transformaria numa verdadeira ode de amor paternal de seus fundadores para com a nova filha: NOSSA LOJINHA! Ato continuo o Irmão Orador José Ribamar Castelo Branco de Castro em seu pronunciamento também cunhou um belo adjetivo direcionado a nossa anfitriã “Independência e Luz”: “LOJA MÃE”, que passou a ser um tratamento intimo e de reconhecimento pelo útero generoso que nos abrigou de 1984 a 1991. Mesmo 1984 ser o ano do nascimento de fato e de direito, mas lembramos que desde o segundo semestre de 1982 o irmão Leandro como Delegado do Grão Mestrado, começou as tratativas com as Lojas da circunscrição, com autoridades constituídas do município que na época tinha como Prefeito o nosso saudoso Irmão Cid Magalhães Silva e como Presidente da Câmara Municipal o Sr. Sidney Panaino que muito colaboraram com os trabalhos de implantação da instituição no berço natal do poeta Fagundes Varela em tudo que dizia respeito às obrigações legais e as pretensões futuras da Maçonaria.

Paralela as ações em âmbito da região, o irmão Leandro encaminhou para homologação do Conselho Estadual da Ordem do Grande Oriente que a nova Oficina deteria o título e distintivo de “Lealdade e Luz”, em homenagem as duas Lojas fundadoras mais longevas; Que se praticaria o Rito Escocês Antigo e Aceito; Que suas reuniões seriam as segundas feiras de forma quinzenal. Ato continuo tal parecer desse colegiado estadual foi endereçado ao Grande Oriente do Brasil, Poder Central em Brasília-DF, que inscreveu a Oficina no Cadastro Geral de Lojas sob o número 2.294. Para consolidarmos a condição “justa e perfeita”, foi realizada em 07 de agosto de 1985 a sessão magna de regularização. Neste mesmo dia foi apresentado a assembléia de maçons ali reunidos, o esboço do símbolo da Loja, obra prima dos irmãos Bruno e Castelo Branco do Oriente de Resende, que de um ponto privilegiado e muito caro a nós, retratou o olhar onividente do Grande Arquiteto do Universo sob as emblemáticas e belas pedras do Bispo e do Segredo que caracterizam nossa cidade, além de ressaltar o outrora caudaloso e límpido rio Claro e as culturas da cana e do café que norteavam a economia em tempos idos. A aprovação foi unânime e com voto de louvor. Também registramos na parede da memória a lembrança de uma manhã nublada e com mormaço de um domingo de 10 de abril de 1988, onde realizamos a sessão magna de lançamento da pedra fundamental que está alocada no centro deste templo, contendo o nome dos irmãos presentes, seus compromissos com a Ordem e os bons fluidos oriundos do coração de cada um, que certamente trouxe aqui para nossa casa a centelha do bem, da verdade, do respeito às liberdades, do comprometimento com o bem estar da humanidade.

A partir desse momento, a administração e os irmãos fundadores começaram a visitar as Lojas do estado e as dos entes circunvizinhos; além de levarem a mensagem e firmeza de propósitos da LEALDADE E LUZ em reuniões dos Altos Corpos das Obediências e da Oficina-Chefe de Rito em São Cristovão – RJ. Nessas caravanas em prol da solidificação e estruturação da nossa Loja, duas carecem ser citadas pela importância institucional dos fatos. Começamos com a ida de nove irmãos a Brasília para inauguração do Palácio Maçônico do Poder Central. Em 04 de dezembro de 1992 num evento que reuniu autoridades maçônicas do Brasil e do exterior, alem de autoridades dos três poderes da República, o Grande Oriente Brasil inaugurou sua sede nacional no Planalto Central com a grandeza de sua existência desde 1822. Em 30 de setembro de 2009 a suntuosa e digna edificação foi denominada “Palácio Maçônico Jair Assis Ribeiro”, justa homenagem ao Grão Mestre Geral que em 01 de janeiro de 1985 deu inicio a construção da casa derradeira no epicentro da capital da República, fato que lhe rendeu a alcunha de “o construtor”, além de entrar definitivamente pra história da maçonaria brasileira.
Outra missão que nos honrou profundamente foi a participação de sete irmãos de nossa Loja na cerimônia de lançamento da pedra fundamental do novo Templo da nossa fundadora “Sesquicentenário” de Angra dos Reis em 20 de setembro de 1987.

Esse fraterno e gratificante esforço dos irmãos em percorrer todos os Orientes, foi fundamental para angariar apoio e comprometimento institucional para com a LEALDADE E LUZ.
O ano de 1991 certamente foi um dos mais significativos na nossa história e um dos mais sensíveis de se relatar por fatores emocionais opostos. Na noite de 22 de abril estávamos em sessão quando chegou à triste notícia do passamento ao Oriente Eterno do nosso amado Venerável de honra Irmão Dibulo Maranhão. Ele estava na casa de sua filha em São Paulo, convalescendo de uma cirurgia cardíaca quando faleceu. Obedecendo ao desejo do Irmão, seu corpo foi cremado e suas cinzas enviadas ao Recife sua terra natal, onde jazem ao lado dos seus pais.

Na mesma linha de protagonistas que marcaram 1991, precisamos por justiça a verdade dos fatos, do reconhecimento histórico, registrar os feitos do artífice principal desse período, que à bem da verdade e do pragmatismo, foi o timoneiro na chegada da maçonaria neste Oriente em todos os sentidos, de forma silenciosa e inteligente. Vamos falar de um dos maiores exemplos de maçom que conhecemos, o qual temos a honra e o orgulho de tê-lo no rol dos ex-Veneráveis que fizeram a diferença e se consolidaram como autênticas lideranças maçônicas de forma silente e com educação e conhecimento pleno detém o respeito dentro da instituição maçônica e nas suas atividades como cidadão ativo e atuante. Estamos falando do Mestre Instalado e Grande Benemérito Aurélio de Sá Alves que assumiu a gestão da “Lealdade e Luz” no biênio 1991 – 1993 com o firme propósito de trazer para este Oriente os trabalhos da Loja. Deixou isso bem claro em sua instalação e posse. Mas começou a trabalhar muito antes disso. De natureza discreta e humildade nata, o irmão Aurélio explicitava seu respeito e amor incondicional a maçonaria como um todo e a nossa Loja em particular.  Ao escolher sua administração dava permanentes exemplos de comprometimento, desapego as vaidades, fineza no trato e a verdadeira fraternidade que deve ser lugar comum no cotidiano de um maçom. A Loja e os irmãos sempre encontravam nas sábias, gentis e amigas de suas palavras o lenitivo para os momentos mais difíceis. E tenham a certeza que tais momentos eram de fato delicados. Mas isso nunca foi motivo para esse irmão deixar de estender suas mãos a quem quer que seja e nunca precisou de adornos ou holofotes para realçar o respeito e consideração que ele conquistou “lato senso”. Sempre demonstrava seu amor por Rio Claro e a confiança no êxito de nossa Loja. Por mais eloqüentes que sejamos nunca conseguiremos elencar tudo que o Irmão Aurélio fez pela “Lealdade e Luz”. Certamente precisaríamos de um novo e mais abrangente verbete para substituir ou ampliar o de “gratidão”. Quando neste momento exteriorizamos todo respeito e carinho por esse amado irmão, também o fazemos para uma plêiade de maçons que pautados nos exemplos e orientações do Aurélio, que contagiados pelos conceitos e pelos valores da humildade e do amor a causa incondicionalmente. Para esses abnegados irmãos, deixamos outro legado existencial de santo Agostinho que estabeleceu: “NA LOGICA E NO CERTO, IGUALDADE. NO INCERTO, LIBERDADE.”
Em um esforço sobre-humano de pro atividade memorável, a Loja conseguiu concluir com recursos próprios e apoios silentes de alguns irmãos as obras do Templo e do Átrio que diante de uma grande comitiva do GOERJ em 08 de julho de 1991 este espaço foi sagrado à luz da liturgia maçônica e autorizado a seguir sua senda de sucesso e dando sentido ao pensamento de Pitágoras que dizia que “a distância entre o possível e o impossível era medida pela
“capacidade do homem”.

A guisa de registro histórico é importante frisar que faltava cerca de uma hora para a chegada da comitiva do grão mestrado e alguns irmãos, capitaneados pelo Venerável, ainda estavam passando um determinado produto no piso de então, que não saia com facilidade das mãos, fazendo com que a administração regesse a sessão fora de determinados padrões de asseio, mas nada impediu a beleza e profundidade de um cerimonial inesquecível. Ao contrário, a intercorrência foi uma demonstração da obstinência e resiliencia que acompanham esta Loja até os dias atuais.
Como em todos os seguimentos humanos, tínhamos também os céticos, tão necessários para o equilíbrio do inevitável excesso de otimismo em empreitadas como a nossa. É inesquecível a passagem de um querido irmão quando veio conhecer este terreno com seu desafiador declive e um matagal nativo que assustava qualquer um. Esse dedicado irmão era do Oriente de Piraí e trabalhava na agência do BANERJ como gerente aqui em Rio Claro e ao ver a parte que nos cabia neste latifúndio exclamou: “Não vamos conseguir construir uma Loja num terreno desse...” .

Ao longo desses anos, os quais podemos segregar em três etapas a construção aqui da nossa casa onde em cada uma delas novos, úteis e dedicados irmãos chegavam para fortalecer nossas colunas,  
E com disposição e seriedade oferecerem a melhor estrutura e condições de continuidade para a sacrossanta e abusada missão de contrariar o conceito minimalista e assaz carinhoso do Venerável Dibulo com o seu NOSSA LOJINHA, que numa ignorância neófita de nossa parte, o via como uma versão mais contemporânea do COMPLEXO DE VIRA LATAS do escritor Nelson Rodrigues. Em nossa limitação intelectual, não era crível que aquele termo era um chamamento tácito e psicológico com o firme intuito de entendermos que o céu era o limite para o idealismo daqueles homens.  Nesse diapasão é o momento propício para falarmos do saudoso e muito querido e eminente Grão Mestre José Coelho da Silva, que nutria um transcendente amor e respeito por nossa Loja, ao ponto de dar ordens expressas a sua secretária, a simpática e interminável ROSA, deixando claro que ele sempre tinha agenda pros irmãos de Rio Claro.  E olha que nos tornamos figuras carimbadas nas dependências históricas e imponentes do Palácio do Lavradio, onde o eminente e erudito irmão nos falava de cada dependência “in loco” da sede da maçonaria no Rio de Janeiro. O Eminente Irmão Coelho de fato cerrou fileiras com a LEALDADE E LUZ e ele nunca nos faltou em nenhum sentido.
Os registros fotográficos e documentais desta Loja são provas incontestáveis como ele ficava feliz com a filial e fraternal recepção que sempre teve neste Oriente, adornado pela simplicidade e espontaneidade de um verdadeiro maçom que com honra e sabedoria conduziu o Primeiro Malhete do então GOERJ com serenidade e sabedoria.

O Eminente Irmão Coelho sempre confidenciava ao querido e dedicado Irmão Clair Marques Correa que o assessorou por anos a fio em nossa região, que observava com especial alegria e orgulho a entrega, o comprometimento e a seriedade amiga e parceira dos irmãos desta Loja, servindo como referencia de como deveria ser a gestão e a dinâmica comportamental de uma Loja Maçônica no contexto brasileiro.
A todos que nos concedem a honra de estar aqui presente neste dia que comemoramos o jubileu de esmeralda da nossa amada LEALDADE E LUZ, podem ter a certeza do misto de emoções que ocorrem nos corações dos seus membros, mormente dos que aqui estão desde os seus primórdios e viram o erguer de todos os pilotis, de cada parede; e mais, viram a evolução dos ideais e valores da Maçonaria Universal com força e vigor em tão longínquo Oriente.

Em contrapartida a todo esse esforço, nossa união pela causa, aproximou nossas famílias, agregou a nossa ativa irmandade, uma amizade que transcendia as faixas etárias e anexava nossas residências como por encanto numa simbiose mais do que lúdica, tratando dos interesses da LEALDADE E LUZ e pensado seu futuro em eventos de rara alegria em praticamente todas as cidades da região. Era gratificante ver a satisfação de todos os irmãos ao abrir suas sagradas casas em prol da NOSSA LOJINHA, ONDE “BODEARMOS (verbo irregular criado pelo nosso inesquecível Orador Ismar de Oliveira Campos para nominar o ato de nos reunirmos às vezes para um prosaico café nas manhães em Barra Mansa ou em banquetes seja lá onde forem. Indefectivelmente pensávamos a LEALDADE E LUZ todos os dias, de segunda a segunda. Era improvável que não ”desse liga” essa simbiose fraternal que nos invade de saudades e orgulho desmedidos. Assim como reconhecemos que só vamos conseguir contar de forma fidedigna a historia da LEALDADE E LUZ, quando contarmos o cotidiano de cada um desses irmãos que participaram dessa verdadeira epopéia, cujas existências de “per si” em uma amálgama fiel, transformará, sem nenhum viés cabotinista, esses 40 anos em um caleidoscópio de emoções inefáveis.

Na verdade, já poderíamos ter o livro da nossa ainda incipiente história no prelo para fazer parte desta efeméride. No entanto a quantidade de intercorrencias, dissonâncias entre outras anomalias, deixaram sua narrativa excessivamente cartesiana, sem o DNA da LEALDADE E LUZ e voltará para os escribas e brevemente comporá o acervo mor das nossas reminiscências.
Sempre foi uma preocupação dos fundadores registrarem o par e passo do nascimento da LEALDADE E LUZ. Temos em nosso acervo e apontamentos todo o cotidiano de uma instituição predestinada. Não obstante muitos irmãos do nosso quadro com muita razão clamam que registremos para posteridade os fatos lúdicos e até mesmo surreais, pois eles certamente são mais abrangentes e humanizados.  Por coincidência, em uma das muitas reuniões de administração realizadas tanto pela gestão provisória, quanto nas primeiras gestões que tinham naturalmente a missão de delinear nossos destinos, sempre era levantada a questão de a nossa história ser sempre contada pelos lados “A” e “B” dos fatos. No entanto esses homens que viviam no limiar dos anos 80, não tinham a idéia que a sociedade caminharia pelas estradas tortuosas do reacionarismo, da hipocrisia sentimentalista às avessas, da adoção do egocentrismo e da moléstia obtusa do politicamente correto que paulatinamente transforma o nosso dia a dia em densa câmara ardente que ceifa o sorriso, a tolerância, o respeito à liberdade absoluta de consciência e de expressão, nos renegando a sermos guerreiros de uma legião de aflitos. O visionarismo, experiência e cultura desses maçons, com pratica disciplinada da liturgia maçônica, eram a alquimia mais que perfeita para a convivência de homens que deixavam seus lares para a pratica da Arte Real. Inserimos com orgulho o sorriso cativante, a leveza libertadora e a irreverência sadia e inteligente nas sessões herméticas e abertas desta Loja, como num sabor agridoce na nossa alimentação da alma, do espírito e da consciência livre e cidadã que devem emanar da maçonaria.

Em suma meus irmãos, amigos e amigas cujas presenças hoje ornamentam nossas Colunas, percebam o quão difícil é contar o nascimento e os primeiros passos de uma instituição, mesmo que corresponde apenas a uma doce puberdade. Mas é preciso salientar que doravante iniciamos uma nova etapa na vida da LEALDADE E LUZ, consubstanciando sua razão de ser como Loja Maçônica. Temos como lema no Grande Oriente do Brasil a locução latina que traduzida diz: “ANTIGA, MAS SEMPRE NOVA”. Deixando explícito que no epicentro desta Ordem, a busca da contemporaneidade oriundos das brumas do tempo. Com a força do trabalho abnegado, com a determinação de inspiração templária que de freqüência sincopada invadia nossas mentes com o mantra: “as idéias não se matam, as idéias não se matam, as idéias não se matam” por três vezes.
Um dia sentenciamos que a casa do livre pensamento, e abrigo salutar dos pedreiros livres em solo rioclarense deveria ter a dignidade minimalista para bem recebermos nossos irmãos e amigos vindos de todo o Orbe, assim como estar à disposição da sociedade em tudo que representar os mais altos interesses do bem comum, sem jamais ultrajar os princípios pétreos estatuídos em nossas constituições e landmarks que salvaguardam a liberdade absoluta de consciência, um dos muitos bens de propriedade dos membros de nossa Instituição. Daremos inicio a conclusão do nosso espaço multiuso que pretendemos que abrigue os mais legítimos interesses da nossa Ordem e seja um lugar de uso social, cultural, festivo e filantrópico. Um apoio amigo e desinteressado nos momentos mais sensíveis da coletividade sem nenhum viés de proselitismo seja de que espectro for. Estamos idealizando a natural e salutar renovação dos nossos dirigentes e conseqüentemente dos nossos quadros. Temos talentos capazes de dar prosseguimento aos projetos e aspirações que aqui planejamos. Nossa atual estrutura possibilita a incorporação de maçons com maior ambientação com o Oriente de Rio Claro. Queremos uma Maçonaria mais nativa e que conheça profundamente as necessidades da sociedade organizada as forças e competências da nossa instituição. No arcabouço do nosso silêncio e discrição, estamos acompanhando com atenção os problemas sociais que infelizmente chegaram a nosso município. E é impossível os amenizarmos ou mesmo eliminarmos sem a união das forças vivas da sociedade organizada com as diretrizes legais dos poderes constituídos. O mundo muda numa velocidade estonteante, e a maçonaria não está alienada, muito menos numa bolha imaginária sob a proteção de seu clássico hermetismo. Ao contrário, a Ordem Maçônica enquanto escola filosófica é um manancial orgânico de pensamentos, reflexões a serviço da sociedade.  Não obstante nossa discrição, nosso silencio e posturas respeitosas, nossas portas e braços estarão sempre abertos pelo bem do nosso município. Estejam certos que palavras e ilações não são objetos de preocupações da Ordem Maçônica, posto que somos fies e defensores das Leis que regem cada país onde nossas Lojas estiverem. Nossa capilaridade, a observação plena das Leis em todo mundo e os valores e princípios que aqui são exaustivamente ensinados.
É do livre arbítrio de cada um de nós trilharmos nossas sendas e nos responsabilizarmos pela sua honra e pela fluidez existencial como seres humanos dignos, racionais e exemplos vivos.

Aos novos e futuros membros desta Loja, tenham consigo o mesmo senso de pertencimento e compromisso em tudo que representar os mais legítimos interesses da Oficina e da maçonaria como um todo. O tempo, assim como a postura da sociedade é dinâmico e carregam no seu bojo virtudes e defeitos. Nossa Ordem deve-se manter em permanente vigilância em prol de si própria, da pátria e da humanidade. A trilogia de LIBERDADE – IGUALDADE – FRATERNIDADE é muito mais abrangente que certas conceituações que a definem. Ter a coesão, a união, o desapego a tolas e inúteis vaidades como molas propulsoras para o sucesso de todas as nossas empreitadas. Sejamos honrados pela honra e livres pela liberdade. Preservemos a nossa história para que ela seja durante todo o sempre o signo, o símbolo, a direção necessária para trilharmos os caminhos dos nossos mais legítimos objetivos.

Por derradeiro, queremos repetir as palavras de Santo Agostinho que foram usadas pelo pranteado Irmão Orador Luiz Nardoto Conde quando o Venerável Irmão Aurelio lhe passou a palavra de encerramento da sessão de sagração do Templo que doravante receberia os trabalhos desta Augusta Loja. Este nobre e douto pensamento de Agostinho passou a ser o mote das amplidões e das aspirações da AUGUSTA

RESPEITÁVEL BENEMÉRITA LOJA SIMBOLICA “LEALDADE E LUZ” – 2294 AO ORIENTE DE RIO CLARO – RJ. SENTENCIOU ELE: “PENSAR COMO SE TUDO DEPENDESSE DE DEUS E AGIR COMO SE TUDO DEPENDESSE DE NÓS».